Sábado, 8 de Dezembro de 2007
No primeiro período de aulas, foi-nos proposto a participação no concurso “Cidades Criativas”, organizado pela Universidade de Aveiro, no âmbito da disciplina de Área de Projecto. E assim foi. Inscrevemo-nos e começámos logo a desenvolver o nosso projecto.
Através do tema proposto, conseguimos, embora com alguma dificuldade ,escolher o nosso tema: “Marginalidade num bairro social”.
Tivemos, então, como primeiras prioridades, a definição de objectivos a realizar durante este ano e o esclarecimento de alguns conceitos que, de um modo geral, são veiculados pelo senso-comum de maneira errada ou, pelo menos, confusa.
Definimos como objectivos para o primeiro período a elaboração da estrutura do trabalho, a elaboração de guiões e as respectivas entrevistas, a realização de uma reportagem fotográfica sobre a marginalidade em Casal de Cambra e a actualização e divulgação do blogue, que foram concluídos com êxito.
No decurso do trabalho, descobrimos que a Marginalidade é um conceito vasto e relativo, pois é entendida de forma diferente de cultura para cultura, uma vez que esta significa a ruptura com os comportamentos e valores definidos pela sociedade numa atitude de rebeldia.
A marginalidade de que falamos no nosso projecto pode ser associada a comportamentos desviantes, ou seja, de revolta no sentido da falta de respeito pela sociedade, gerando um certo tipo de delinquência. Podemos, assim, concluir que a marginalidade não se liga directamente a criminalidade. O nosso tema revela também , um pouco das cidades portuguesas, pois foca aspectos fulcrais das cidades, como a degradação das infra-estruturas, o vandalismo, o tráfico de droga, o abandono escolar, a exclusão e a difícil integração social.
Descobrimos, ainda, que ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a marginalidade neste bairro social é diferente no que respeita à qualidade e quantidade, uma vez que a criminalidade não é organizada, tendo um carácter mais espontâneo, manifestando-se por todo o bairro, mas sobretudo no bairro social de Casal de Cambra devido à existência de muitas pessoas de culturas diferentes e com empregos precários, originando pequenos furtos para a compra de droga e o tráfico da mesma e, entre outros, delinquência juvenil.
O futuro das cidades portuguesas estará comprometido se não houver uma gestão e apoios adequados. Apesar de focarmos o bairro social de Casal de Cambra, como exemplo, não achamos que este seja um dos piores, pois há outros, que conhecemos até muito bem, como o Bairro da Cova da Moura e o Bairro Padre Cruz em Lisboa.
Também podemos concluir que existe uma certa tendência para exagerar a realidade do bairro de Casal de Cambra, ou seja, as pessoas criam uma ideia que não corresponde à realidade. Contudo, ainda temos muito trabalho pela frente para alcançar os objectivos do concurso e superar as nossas expectativas.
Em termos de realização do trabalho do primeiro período, todos os membros do grupo participaram e manifestaram empenho e dedicação, também motivados pelas pessoas a quem realizámos as entrevistas que nos mostraram outras formas de poder tornar este projecto ainda mais viável e empreendedor. Como principal dificuldade sentida, ao longo do período, é importante salientar a polissemia do tema, como já foi referido anteriormente.
Para o próximo período, vamos complementar a informação que já temos através dos objectivos estabelecidos, tais como: a realização de inquéritos e respectivo tratamento e pensar em possíveis soluções.
UaU!!: Motivadas
Oolá! Estivemos a pensar e... como era possível fazermos um trabalho sobre um local de que não tinhamos as mínimas referências.?*
Por isso, resolvemos ir à procura de informações sobre CAsAl De CAmbrA, que nos possibilitaram uma melhor compreensão da realidade do bairro e que nos ajudaram a tirar algumas conclusões sobre o tipo de vida que a maioria da população leva.
População:
A sua população tem origens muito diversificadas, desde imigrantes vindos de vários pontos do país, tais como o Minho, Alentejo e Algarve e dos PALOP, sobretudo da Guiné e Cabo Verde.(romenos, ucranianos e brasileiros.)
Em termos económicos a maioria da população é de classe média e média baixa e com rendimentos reduzidos, isto é, usufrui de salários mínimos.
A nível habitacional, existe a predominância de prédios que vão até 10 andares e vivendas unifamiliares.
Podemos dizer, ainda, que este bairro se divide em duas componentes: uma parte cooperativa e uma parte camarária onde foram feitos realojamentos da população.
----- Agora que já temos uma ideia sobre a população do objecto de estudo, vamo-nos centrar no nosso tema: "A Marginalidade", começando com uma pequena apresentação dos comportamentos considerados marginais:
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Pequenos furtos para a compra de droga;
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Delinquência juvenil.
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Conflitos entre grupos do bairro e fora do bairro.
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Assaltos a lojas.
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Tráfico de droga.
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Roubo de automóveis.
Contudo torna-se importante referir que a marginalidade neste bairro difere tanto na qualidade e na quantidade, uma vez que não é uma criminalidade organizada ,uma vez que, tem um carácter mais espontâneo. Apesar dos boatos que se ouvem um pouco por todo o lado, e que acentuam e exageram a realidade, no fundo a imagem do bairro é um pouco manchada.
Como estes tipos de comportamentos se manifestam :
Manifestam-se um pouco por todo o bairro, mas sobretudo no bairro social de Santa Marta ( o dito de casal de Cambra).
Grupos de risco:
Jovens (sobretudo adolescentes).
Como príncipais causas destes comportamentos poderemos considerar:
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A Incapacidade económica das famílias.(têm orçamentos reduzidos que não dão para a subsistência da família)
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A falta de atenção dos pais, que passam o dia todo no trabalho para melhorar o orçamento familiar e possibilitarem assim uma melhor qualidade de vida aos filhos e o facto da maior parte da população se concentrar nos prédios, o que origina comportamentos desviantes devido a essa mesma concentração.
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Outro factor que também é relevante é a desestruturação das famílias.
Futuro habitual destes Jovens:
Uns integram-se na sociedade e levam uma vida normal, outros continuam nestes caminhos “marginais”.
Reflexos destes tipos de comportamentos na vida do bairro:
Provoca insegurança e medo nas pessoas.
Acções desenvolvidas pela Junta de Freguesia:
A junta de Freguesia não tem capacidades legais para fazer quase nada por falta de verbas. Mas, mesmo assim, existem espaços e acções para manter os jovens ocupados.
Essas acções traduzem-se na promoção de torneios, na existência de aulas de luta greco-romana com o professor especializado e para integrar os jovens nas novas tecnologias, foi criado o “ espaço internet”, onde eles tem acesso gratuito á internet.
Em alturas de férias desenvolvem-se colónias com o apoio do gabinete da Camâra, localizada no bairro, e do grupo escolar. Para ajudar a minimizar estes comportamentos desviantes dos jovens , a comunidade conta com a ajuda de uma assistente social e da Solami, que é uma instituição que acolhe desde bebés nos infantários, até os AtlS que depois de irem sairem da escola, frequentam o clube de jovens.
Sugestões dadas pelo presidente para o nosso projecto:
Este trabalho pode servir de prevenção primária, fomentar o aparecimento de grupos de voluntariado que, por exemplo, leia historias aos idosos; promover a cooperação da nossa escola com a escola Agostinho da Silva e transmitir aos jovens que a podem mudar servindo, assim, de estimulo.
UaU!!:
Quinta-feira, 6 de Dezembro de 2007
Está a chegar o Natal !! Desde já, desejamos um bom Natal para toda a comunidade do "Concurso Cidades Criativas"!!
UaU!!: